sexta-feira, fevereiro 27, 2009

rés_SEIO

Chega cedo ao alvo fácil em forma de ruído
Aos ouvidos criativos de enredo se grasna
O mais ledo engano atravessa travestido
Tal pato-pênis de borracha na banheira

Antes fosse imagem o mais surreal dos sentidos
Não faria diferença por também ser mensagem

Sinestesia anestésica não excita pelo excesso
Exceto o medo...

Quanto maior, mais tênue a curvatura para dentro
O si se contrai no espelho
Aborta o feto de tanto espremer o vermelho
Espermasturba prematura mãe

O mundo pára...

Do mamilo sai a náusea para o mundo.

3 comentários:

Vanessa B. disse...

Adorei a sonoridade. Parece que o poema inteiro é de plástico. Adorei conhecê-la também - acho que posso aprender muito com vc. Será um prazer compartilhar palavras, pensamentos e até silêncios. Adorei seus jogos de palavras, e consigo sentir que neles há mais do que se entende superficialmente; os mistérios da alma neles brincam de esconde-esconde.

~*Rebeca*~ disse...

Adorei!

aluisio martinns disse...

Meu Deus! Você é boa nisso, Paola.
Faz um bem enorme ouvir tua músicalidade e estranheza. Sitio onde ser diferente é coisa mais saudável e de grande utilidade ao mundo.