sexta-feira, junho 23, 2006

BLEFES


BLEFES
Odeio quem tenta me desvendar como se estivesse em uma partida de Pôquer. Não sei pra quê tanto esforço, tanta técnica, se nem aprendi a blefar ainda. Entrego o jogo logo, mas fico de olho por detrás dos óculos escuros à noite. Afinal, ninguém é tão óbvio assim, né? As aparências trapaçam, passam as cartas das mangas compridas para debaixo das mesas. Por debaixo dos panos tem sempre uma sacanagenzinha ou outra rolando, um beliscão sorrateiro, um chute leve e leviano, proposital. Quem for mais esperto mantém a pose, sai ganhando a partida, aposta todas as fichas na próxima jogada. É a vida... Fazer o quê?

Roubam na cara dura. Uns vêem tudo, embora finjam que não, covardes, medrosos, coniventes. Talvez estes sejam piores que os ladrões. Poucos viram a mesa, putos, insatisfeitos, implosivos, porque foram enganados. Estes depois querem brincar de roleta russa: Certo X Errado: sem julgamentos precipitados, por favor! Aí a confiança vai ficando obsoleta, lepeti-peti-petá, lescacomchoco, ob-so-le-ta! Quanta criancice, meu deus.

Ah, espera, já ia esquecendo! Se quiser descobrir qual é a daquele seu amiguinho mais santinho de todos, convida ele um dia pra jogar baralho com você. Veja que logo, no decorrer da disputa, a auréola do bom samaritano cairá ou perderá um pouco do brilho onipotente. Vai por mim, pode apostar!

Um comentário:

Anônimo disse...

ai Lola!Espero q vc ñ me veja como amiga igual vc me vê como jogadora :p

e é por td isso q eu adoro jogar!