sábado, junho 24, 2006

Poetry... Let's try!

Nossa, faz tempo que não escrevo poesia... "Como assim?" Perguntaria Gil, um amigo zen e parceiro nesse tracejado louco da literatura nova. É que certa vez, enquanto líamos os contos um do outro, ele definiu minha prosa como sendo poética. Vai ver ele acertou, meus dedos tendem ao musical. Confundo o teclado do computador com as teclas desse piano que ouso aprender a tocar e, a minha pena, (lapiseira, para os íntimos do hodierno) penso ser uma batuta, com pretensões minhas a regente da verve. Outro Traça, chegado ao fluxo inconsciente do Pós, revelou meio esquizofrenido àquela noite: "Mas você é tão obsessiva com as palavras, Paola!". É, vai ver ele estava certo também. Essa história fica em aberto, então. Um lance meio jazzista, rimado ao modernismo, ritmado ao hedonismo de deixar correr no papel e na tela a impressão perfeccionista. Mas notem como o verbo tem ligação com tudo e que nada é por acaso perdido!

O coração de quem ama poesia tem lugar para todos...

Como diz o poema "A acácia-meleira rosa", do poeta norte-americano William Carlos Williams, um grande poeta que inventou seu lugar no meio da mais esplendorosa geração de poetas dos Estados Unidos:

"E assim, como esta flor, eu persevero pela importância que isso possa ter. Não sou, e bem o sei, na galáxia dos poetas uma rosa,
mas quem, entre os demais, me negará o meu lugar."

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