
Ponha o amor para descongelar de vez em quando, dê-lhe tempero bom de se arder a língua e o ponha logo em fogo brando para não amolecer. Assim que o vermelho estiver pulsando vivo, é porque está quase no ponto. Vire-o do avesso, a cozer ambas as partes. Não se fie no banho-maria, dê umas colheres de chá, um salzinho também vai bem, sem deixar que outro meta a colher de sopa, pois pode desandar. Há de ser feito com o calor das próprias mãos, com carinho e em generosas pitadas. Então, assim que estiver tudo pronto, nem espere esfriar: devore-o. Mas não estranhe o paladar. Tem um quê de exotismo acre-doce a ser descoberto. É afrodionisíaco.
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