terça-feira, novembro 11, 2008

Sem continuação

...silencio minha morte como quem dança em cima da insistência. Já era pra eu ter desistido desse ser, mas a terra me prende feito planta de raiz cavernenosa, vem o gnomo e me enxágua as têmporas, tomo uns litros de absinto morno com mágoa. Sorrisos só para mascarar, mascando a agonia. Basta de dentes, soa melhor o ranger das portas. É o que eu digo, se não fosse a música, se não fosse a mágica, toda uma tragédia já teria acontecido. Poemas são atemporais, minha vista pulou da janela sem íris, o bater dos cílios me transpôs em asas. Que anjo que nada! Nem adianta você vir me falar sobre a era da pimenta do reino dos céus, tudo me arde por demais no cu dos outros. Não tenho estômago para suportar âmago de fracos. Deixe-me aqui com minha amarga insuficiência. Amar me causa calos no peito, desarmar me causa enfado. Infarto de tudo no mio cárdio, dio mio. Cultivo um ar comprimido extra... Vazo.

Nenhum comentário: