domingo, outubro 19, 2008

Oscilação, ócio e ósculo.

Insegura dos outros.
Segura de mim.

Nunca fui uma só. Nem ama. Nem isso.
Multiplico-me para não sufocar com mais do mesmo.

Um nó.
Possessiva e sorumbática até o fim.
Libertária na contraditória mente.
De riso frouxo e bico.

Silenciosa. Nem sempre calada.
Apaixonada brusca. Superexcitada.
Odeio fácil porque arrisco.

Com ânsias de vômito pelo mundo acadêmico.
Sinto climas nauseabundos desde cedo no ofício.
Isto porque masturbam teóricos na cova
E julgam acordar o mundo num vazio como se fosse assim.

Detesto vanglorios súbitos.
Enobreço com amigos irmãos mais que com um irmão inimigo.

Eu brinco. Orelhas. Furos.
Desajeitada com crianças.

Se tiver filho, que seja homem.
E melhor que homem, só um livro.
Livre de sensibilidade mórbida.

Feminino afetado dá e quer tanto afeto colorido que embaraça o vidro do meu teto.

Minha palavra tantas vezes pedra, tantas vezes fluida, comunica em Indie gestos.
De atos abstratos.

Sou um borrão na tela.
Mas ela não sou 'a deus'.
Sou o meu palácio.
Rica de entusiasmo pelo que me convém.
E vai na maré do vento balouçando sinos.

BLÉM! BLÉM! BLÉM!

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