segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Audiofonia

Ouço muito o que não queria,
mas há de se conviver com outros mundos.
Levei soco na orelha de um gesto tresloucado,
doeram os tímpanos como dóem os tempos de guerra.
Bombardeiam minha paz os que se fazem de vítima,
reclamando suas derrotas, se vangloriando
por suas roupas, rotas rôtas.

Dei vitória ao silêncio
e eu não tenho palavras para nada.
Digam o que disserem,
sou o que meu olho condiz: (abstr)atos...
A voz da consciência me consola com sua maciez.
Com ela estou em boas mãos. Mães para quê?
Quem me dá colo é meu próprio útero!

Nenhum comentário: