domingo, dezembro 25, 2005

O Nascimento do Homem

O Natal é triste, tão triste quanto o funeral de um ente jovem e querido. A alegria de um aniversário primeiro é incompreensível, porque viemos ao mundo cheios de sofrimento e os que nos rodeiam esforçam-se por transmitir um imenso quinhão de esperança, sabendo que ainda criança são dadas as provas de uma realidade absurda e viciada.
Ele resignou, não se abateu porém; quis abarcar o mundo no colo e conseguiu sussurrar algumas benesses. Uns interpretaram aquilo como um conselho de pai, porque se sentiram filhos do filho de Deus e seguiram seus passos. Outros cegaram e a cegueira se espalhou epidemicamente, causando enfermidades de espírito, de entendimento. Feliz aniversário, semi-deus misericordioso, dissidente e incompreendido! Parabéns pelo estoicismo ante o sofrimento da carne, pelo perdão, pela salvação de muitos, pelos seus descendentes de idéias, pelos pacifistas que lutam por um final feliz! E a vida continua... Voltarás algum dia? Avise quando chegar da maneira mais sábia possível aos mais ingênuos, aos puros de coração, sem afetação e sem hipocrisia. Até a próxima encarnação batizada pelas asas glorificadas do Espírito Santo. Amém!

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