segunda-feira, outubro 05, 2009

Paixão = caixão e pá.

Eu queria tanto dar o fora...

I mean, arrumar as trouxas, deixar outro(a)s trouxas, seguir viagem para um novo lar, ser mais esquecível de sentimentos vis tais o amor.

(Vitais?)

Camões tinha razão, o amor é fogo mesmo. Foda... Se só na foda ficasse, ainda seria uma boa. Mas não, a gente sempre quer mais e acha que pode ter. Loto fácil.


Admiro uns amigos quarentões solteiros, dedicadíssimos à profissão - geralmente ligada à arte - e ao sexo, opostos à qualquer situação de posse ou casamento, sem compromisso com o errado. Mas eu, e creio que isso seja um erro, é até fato (Artefato?), eu não consigo conviver direito com os resquícios do passado alheio, especialmente quando atrapalham a relação, roubam o tempo dela, a dedicação, o cuidado... Seria tão ruim também, confesso, se o outro fosse tolhido de certas experiências que de repente o tornaram melhor hoje. O pior precisa nascer para que algum sentimento maior amadureça, talvez. Somos tão positivos quando cegos, não? Devemos. Pagamos para crer.

Prefiro moldar-me ao mundo e não a alguém específico, preservar a espécie rara da minha parte humana. Ânima silvestre. Há quem prefira ter outro ser ao lado (alado?), que ficar avulso até a velhice. A maioria tem medo mesmo é de não encontrar o dito ideal, satisfazendo-se com o que julgam tolerável. Eu tenho medo é da mesmice. Até porque existem outras pessoas e coisas para se experimentar antes do desencárnio. No final, a carne é forte. A culpa de séculos cristãos é que mata a gente. Assim, termino por julgar religioso matar a saudade de um cacete com um pedaço de pau.

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