domingo, maio 21, 2006

Quem primeiro nasceu?


Na dúvida da vida há sempre uma resposta com cheirinho de ovo, insurpotável certeza de nascer, parir, parar... Acredita-se que o ovo fecunda a evolução, que frita conceitos materialistas e varia a alimentação para o espírito. Um dia, omelete de sonhos, outro, gemada de riscos, depois, cabelinho de anjo sobre seus demônios de enxofre. Náuseas. Substâncias viscosas originam espécies de (p)ovo. Muitos ganham consistência, muitos também continuam espermeando por aí. Há os que levem ovada na cara, há os que são ovacionados. A mulher, em seu período de ovulação, pode exercitar a procriação enquanto bate as claras dos bolos às escuras, suspiros... - Gema, galinha dos ovos de ouro! Enquanto não chega a Páscoa, tão veloz quanto a cópula dos coelhos, no esconde-esconde das cascas em terras férteis, na escolha do melhor chocolate amassado sobre as prateleiras, há outras formas de Ressurreição. Uma fôrma não-redonda, oval. O mundo de Órion oriundo. O Cosmos.

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