sexta-feira, março 17, 2006

Ou vês ou vires


Eu te segurei pelas mãos do meu silêncio arredio
Te fiz ouvires todo o brilho incandescente
À beira de um rio de gargalhos
Em que certo alguém atirou pedregulhos
(-Eu sou inocente!)


Das toscas pedrinhas foram jóias feitas
Fiz de tu meu ourives, escolhido a dedo
Da mão mansa de quem afaga vestígios
Onde deita no amassado das cabeças

Cheiro de orvalho, de carvalho aperolado
Parece verter a Lua
Ela é o pingente escorreito da lágrima
Endurecida feito estalactite
No colo alvo da moça de mim
( - Sim!)

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