quarta-feira, março 01, 2006

apaixoNADA sou tudo, estou TODA


Apaixonei-me pela beleza das coisas invisíveis ao aparente. Não sei por quem, nem por qual, apenas projetei um jato de luz ao olhar que me sorriu. Minha cegueira não é prejudicial, é um colírio posto no fundo da íris dourada. Apaixonada pela distância, à distância, sem platonismos, mas com correspondências. Gosto de ti que me lê, que me esquece, que me franze a testa, que me adora... Estou a colher amoras, amores. Não demora! Temores? Foram-se todos da minha vista, posto que paguei um preço alto, à vista, que também não me custou os olhos da cara.
Se me declara um desabrochar de rosa, aceito, acolho. Porque estou a colher amores, amoras.
O doce do sumo que escorre das veias para o canto da boca. Agora me beija!

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