sábado, fevereiro 25, 2006

Anseios Anciões


Começo a perceber a ruga por detrás do sonho.
Sonhos sobrepostos feito roupas,
Feito seios caídos de donzelas violadas pela mão do violeiro andante dantesco.
Sentimentos adiposos sobrepujando os mais flácidos pensamentos.
O óleo das dores persegue e se instala, batizando a vontade.
Quero lavar, enxugar, secar ao relento.
O sereno me banha, sem se misturar às minhas águas profundas.
Lento, o ar cata nas nuvens meu alimento natural.
Todos os elementos reunidos para a ceia:
- Passe o sal, por favor!
Sei a minha senha de cor.
Se você não tem a sua, lamento.
Não é qualquer um que se instala na memória
Pra colorir meus dias.
O vento escolhe, encolhe qualquer momento de frio.
Sopra a ferida...


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